Solidão [poema]

21 12 2008

Sinto-me só!…
só como um lince que vagueia
através da solidão da floresta…
Procurando algo que o satisfaça,
algo que o preencha,
que o anime por um instante…
Com entusiasmo aproxima-se,
tenta chegar,
tenta falar, tocar…
tenta ser bem sucedido.
Mas é sempre vítima,
de abandono, de fuga,
vítima dos outros…
(vítima) de si próprio,
entidade contra a qual nada pode, (mas)
Tenta ser diferente,
luta consigo mesmo,…
empenha-se em mudar,
mas o tempo passa a correr,
corre mais que ele (e)
Ele sente-se cada vez pior,
Está a enfraquecer,
a gastar as suas forças…
combatendo o que o faz,
o que ele é, aquilo em que se tornou.
Acorda no termino da guerra,
confuso, desorientado e ofuscado,
não vê com clareza (e cai)…
Desta vez sente-se angustiado,
continua triste, só (no mundo),
pára, pensa e reflecte…
Chegam as consequências (das batalhas)
que travou confiante (em conseguir),
mas repara… (REPARA!)
O que ele fez?
Auto-destruiu-se!!!
Está no fundo (do poço)
vendo a morte,
a desgraça e a tristeza…
O ar cheira a solidão… …

Diogo João (bioeXplorador)