Vivam! Como têm passado? Estou a escrever, porque quero partilhar convosco um poema de Fernando Pessoa, que li num livro que tenho pousado na mesa de cabeceira. Aqui fica ele:
Dorme enquanto eu velo…
Deixa-me sonhar…
Nada em mim é risonho.
Quero-te para sonho,
Não para te amar.
–
A tua carne calma
É fria em meu querer.
Os meus desejos são cansaços.
Nem quero ter nos braços
Meu sonho do teu ser.
–
Dorme, dorme, dorme,
Vaga em teu sorrir…
Sonho-te tão atento
Que o sonho é encantamento
E eu sonho sem sentir.
Espero que gostem, certamente não tanto como eu, mas é um poema bem conseguido, bonito e com o qual nos podemos identificar… Continuem agarrados a vós mesmos…
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